Férias de fim de ano, Natal e Ano Novo. Com a proximidade da hora de pegar estrada para aproveitar um dos períodos mais esperados do ano, checar se está tudo em ordem com o veículo é fundamental para evitar transtornos durante a viagem. Para isso, o Gerente Geral da Volkswagen Carrera, Homero Citro, aponta como principal medida uma revisão completa antes de começar a rodar.
Nas três unidades do Grupo Carrera, localizadas em Santos, Alphaville e Osasco, os consumidores podem contar com o programa de revisão, que oferece serviços como troca de óleo, filtros (óleo, combustível e ar) e jogo de velas, além da verificação de 60 itens de parte mecânica, elétrica e tapeçaria.
Pelo menos sete verificações principais podem ser feitas pelo próprio motorista em casa, evitando contratempos:
Itens de segurança – lâmpadas de farol e lanternas, freios, sistemas de suspensão e pneus são alguns exemplos simples de serem checados. Nesse último, é muito importante manter a pressão com calibração, principalmente de acordo com o peso que será carregado, já que são comuns porta-malas e carros cheios nas viagens de final de ano. “Além do prejuízo para a segurança, um pneu murcho ainda aumenta o consumo de combustível, mas é fundamental também que ele não esteja mais cheio que o recomendado pelo fabricante”, explica. Ele aponta que em pneus novos é comum uma listra que indica a hora de fazer a troca, mas que todos motoristas podem se atentar a sinais visuais, como bolhas nas laterais e pneus carecas
Também é importante checar amortecedores, que se desgastam e podem desestabilizar o carro, sendo uma das causas mais comuns de acidentes em curvas, por exemplo. “Outro ponto é sempre ficar atento para eventuais vazamentos de óleo”, afirma Citro. Ele ainda cita que é importante o motorista ficar alerta a outros sinais, como o carro levantar mais que o normal nas curvas, o que pode indicar que a troca se faz necessária.
Freios – esse é outro sistema que dá sinais quando não vai bem, mas diagnósticos errados são comuns. “Um desses erros comuns é o ato de completar corriqueiramente o nível de fluido de freio no reservatório. Esse nível cai muitas vezes para compensar o desgaste das pastilhas de freio, então esse conhecimento é fundamental para realizar trocas na hora certa. Os discos desgastam e merecem atenção, uma vez que perdem eficiência de frenagem”, alerta Citro.
Além da parte mecânica do sistema de freio, as luzes também são parte importante para evitar acidentes. Elas podem queimar, algo que não só é perigoso como passível de autuação. O mesmo vale para os faróis, lanternas, luz de marcha à ré e piscas
Palhetas – como as chuvas de verão em nosso País são frequentes, checar esse sistema de limpeza evita muitos contratempos. A borracha pode ressecar afetando a capacidade de funcionamento, então o ideal é realizar uma troca a cada trimestre. O principal sinal, aponta Citro, é a marca que fica no vidro após o limpador ser acionado.
Extintor – esse é outro item conhecido dos motoristas pela capacidade de gerar multas. Ficar atento ao indicador de carga, à validade e ao indicador de carga são medidas simples que qualquer um pode fazer, mas que são negligenciadas. “Também é importante estar atento ao tipo de carga, já que desde 2005, é obrigatório o uso do extintor com carga de pó ABC, capaz de apagar incêndio veicular em materiais elétricos, combustíveis líquidos e até sólidos de alta combustão”, ressalta o gerente.
Motor – quando o assunto é o coração do carro, verificar o nível do óleo é tarefa bastante simples. O nível correto é entre as duas marcas da vareta de medição, por isso não é necessário completar o reservatório quando estiver entre as duas marcações. “Saber que o nível pode baixar enquanto se roda também é importante para evitar gastos desnecessários, já que não é raro que frentistas costumem dizer que o nível está baixo e insistam na necessidade de completa-lo”, comenta.
O período seguro entre trocas de óleo depende do produto usado, mas é sempre bom consultar as recomendações da montadora. A verificação correta ainda é feita com o motor desligado e frio, já que o produto circula pelo motor e pode apresentar variação. Os filtros, por sua vez, devem ser trocados a cada 15 mil km por uma boa lubrificação do sistema.
“Negligenciar esse período causa o mau funcionamento do motor, que pode até mesmo fundir. Luzes de alerta e superaquecimento devem ser vistas como sinais importantes para que o motorista pare imediatamente!”, ressalta.
Arrefecimento – responsável por resfriar o motor para manter o carro na temperatura ideal de funcionamento, o sistema de arrefecimento é composto por radiador, bomba e reservatório de água, sensores de temperatura e mangueiras. Segundo o gerente geral do Grupo Carrera, a aplicação de aditivo não deve ser feita aleatoriamente, já que afeta diretamente o desempenho. Ele conta que existe um percentual ideal de aditivo a ser misturado na água do radiador para cada modelo, por conta dos volumes diferentes de água para cada carro.
“O motor tem uma faixa de temperatura ideal para funcionar e esse aditivo ajuda a mantê-la de forma constante. O ideal é buscar um serviço especializado para investigar alterações de temperatura. Os carros novos ainda têm sistema de arrefecimento selado, em que o motor só aquece além do normal quando há algum tipo de pane. O ideal é efetuar uma revisão no sistema de arrefecimento a cada ano, com limpeza total do sistema e troca do aditivo”, afirma.
Ar-condicionado – por último, mas não menos importante no verão tropical, o sistema de ar-condicionado também necessita de cuidados especiais. O principal é se preocupar com limpeza dos dutos e trocas de filtros para evitar a proliferação de bactérias e agentes que podem ser prejudiciais à saúde.
“A recomendação é fazer revisão a cada seis meses para troca do filtro, por mais que o ar-condicionado seja pouco usado. Todo o vento que entra no carro com o movimento passa pelos dutos, passagens e difusores, mesmo com o equipamento desligado”, finaliza.
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