Trocar de carro não é uma tarefa simples e instantânea. A desvalorização do veículo, as constantes manutenções ou até mesmo o valor sentimental e apego pelo companheiro de estrada, são fatores que devem ser levados em conta na hora de pensar em colocar um novo carro na garagem.
Mas como saber se chegou o momento de iniciar as pesquisas e consultas pelo carro novo? O Superintendente Comercial da Allianz Automotive Região Américas, Ricardo Sardagna, mostra alguns pontos comuns que devem ser avaliados e que podem ajudar o motorista nessa tomada de decisão. Confira!
Alta quilometragem
A quilometragem e a idade do carro podem ser os principais fatores de influência sobre os custos de manutenção e desvalorização do bem. Por mais revisões que o motorista faça, alguns desgastes podem ser irreversíveis. Ricardo Sardagna comenta: “À medida que o carro aumenta sua rodagem, as revisões programadas ficam ainda mais caras. Esse impacto começa a ser sentido a partir dos 40 mil quilômetros rodados. Esse pode ser um bom momento para começar a olhar um novo veículo”.
Os veículos mais modernos são capazes de atingir altas quilometragens sem grandes perdas de eficiência, mas Sardagna alerta: “É fundamental que as manutenções estejam sempre em dia, do contrário, o veículo será depreciado pelo mercado e a dificuldade de vendê-lo será maior. A existência de amassados, danos na pintura ou no interior do veículo, também prejudicam o seu valor”.
Manutenções recorrentes
Se a visita à oficina mecânica se tornar frequente, isso pode ser um ponto de atenção. “É importante checar o real motivo das falhas. Há casos em que o veículo para por conta do uso de combustível adulterado ou até mesmo por defeito crônico do modelo, como falhas no câmbio ou barulho na suspensão. Nestas situações, mudar de fornecedor e verificar os trâmites com a revenda autorizada são as melhores opções”, comenta Sardagna.
Tempo de uso
Outro bom indicador para saber se é hora de trocar de carro é o tempo de uso. “Em média, o consumidor brasileiro troca de carro a cada dois anos, um prazo inferior a países como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Espanha. Eu diria que a partir do terceiro ano de uso, ou aproximadamente 50 mil quilômetros rodados, é preciso ter mais atenção ao avaliar o custo das manutenções futuras em relação ao valor do veículo”, ressalta o executivo.
Planejamento financeiro
Trocar de carro não é algo para ser feito em um momento de impulso. “O motorista deve avaliar seu momento financeiro e estar pronto para os novos gastos que a novidade trará, como licenciamento, um segundo IPVA no mesmo ano e emplacamento. É necessário ter uma avaliação cuidadosa em relação às taxas de juros e o custo efetivo total”, finaliza Sardagna.
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