O empréstimo com garantia de veículo é diferente das outras modalidades de crédito. Uma das suas principais características — e que mais chama atenção dos consumidores — são as taxas de juros, mais baixas se comparadas a qualquer outro tipo de financiamento disponível no mercado.
O refinanciamento de veículo é vantajoso também para as instituições financeiras, que assumem menos riscos em comparação aos empréstimos tradicionais. E é justamente isso que faz com que elas possam oferecer juros mais baixos para os consumidores.
Como funciona o empréstimo com garantia de veículo
No empréstimo com garantia de veículo o consumidor consegue usar o veículo como garantia de pagamento do contrato.
Por meio desta modalidade contratual é possível acessar crédito com juros de até 20,80% ao ano. Uma taxa muito baixa se comparada ao cheque especial, que pode cobrar taxas que chegam a 323% ao ano, ou o cartão de crédito, com taxas de 300% ao ano.
Para que um veículo possa ser oferecido em garantia ele deve estar quitado e livre de qualquer ônus. Ele ficará vinculado à instituição financeira que ofereceu o crédito até que o consumidor quite todas as parcelas da sua obrigação. Confira alguns aspectos importantes atrelados a este tipo de contrato:
- a posse do veículo continua sendo do consumidor e ele poderá utilizar o bem normalmente;
- O veículo oferecido em garantia não poderá ser vendido durante o período em que vigorar a garantia;
- O empréstimo só pode ser feito em nome do proprietário do veículo;
- O carro oferecido em garantia deve estar em bom estado de conservação — a instituição vai fazer uma vistoria do item;
Vantagens do empréstimo com garantia de veículo
Quando o assunto é empréstimo com garantia de veículo, há inúmeras vantagens. A primeira e mais conhecida é, sem dúvida, o fato de que as taxas de juros são competitivas e os prazos, mais longos.
Como o consumidor está oferecendo um bem em garantia, a instituição financeira tem uma segurança extra. Os juros representam uma forma de transferir o risco de calote. Nos refinanciamentos a probabilidade de perdas financeiras para a instituição é muito baixa, considerando a existência de um automóvel em garantia.
Desta forma, a instituição tem uma segurança e a probabilidade de calote é menor, o que permite cobrar juros mais baixos e oferecer prazos mais extensos.
Outra vantagem é a contratação simplificada. A lista de documentos exigidos para contratação de um empréstimo com garantia de veículo costuma ser restrita e de fácil acesso. Entre eles, podemos destacar:
- documento de identidade;
- cadastro de pessoa física;
- comprovante de renda;
- comprovante de endereço;
- certificado de registro do veículo (CRV);
- certificado de registro e licenciamento do veículo (CRLV); e,
- comprovante de pagamento do IPVA.
Por fim, a terceira vantagem que merece destaque é a possibilidade de obter crédito de valores elevados com prestações acessíveis. O consumidor consegue ter acesso a um montante considerável de dinheiro, podendo negociar o pagamento em pequenas parcelas.
Desvantagens do empréstimo com garantia de veículo
A principal desvantagem do empréstimo com garantia de veículo é o risco de perda do veículo. Contudo, essa desvantagem está atrelada ao descumprimento das obrigações assumidas contratualmente.
Ou seja, o consumidor só corre o risco de perder o veículo oferecido em garantia no financiamento se ele deixar de pagar as parcelas acordadas no contrato de crédito.
Por isso, a orientação é organizar o orçamento, planejar as contas e, antes de fazer qualquer tipo de financiamento, ter certeza de que é possível cumprir com as cláusulas contratuais.
Mas, afinal, quando vale a pena solicitar um empréstimo com garantia de veículo? É preciso avaliar cada caso. Quando o orçamento está apertado e o consumidor não tem outra possibilidade de obter recursos financeiros, o financiamento pode ser uma boa opção.
Com as vantagens do empréstimo com garantia de veículo o consumidor tem a possibilidade de acessar crédito com taxas de juros mais baixas, o que vai reduzir bastante os custos.
Porém, antes de assinar um qualquer contrato de financiamento, é imprescindível ler todas as cláusulas do contrato, verificar o Custo Efetivo Total (CET) e estar atento ao orçamento familiar. Segundo orientações do Banco Central do Brasil, o consumidor não deve comprometer mais de 30% da renda com dívidas.
Comentar