Na índia, na Inglaterra e nos EUA, governos e fabricantes se reúnem para acelerar um dos setores de mais rápido crescimento na história da indústria automotiva
Em 2005, a frota global de veículos elétricos era medida em centenas. Em apenas uma década, a marca de um milhão de veículos foi ultrapassada e em 2017 foram vendidas mais de três milhões de unidades. Até o final do terceiro trimestre de 2018, esse número deverá subir para 4 milhões. A expectativa é que entre 2017 e 2020 sejam comercializados mais de 20 milhões de carros elétricos no mundo. Atualmente existem 155 modelos de carros elétricos no mercado, mas esse número deverá chegar a 350 até 2025. Nove empresas planejam investir US $ 140,7 bilhões em veículos elétricos até 2022.
A rapidez de crescimento e o potencial dos veículos elétricos podem ser medidos também pelo fato de que o setor está na mira de três eventos internacionais no espaço de apenas uma semana: Move – Global Mobility Summit em Delhi, na Índia, nos dias 7 e 8; Zero Emissions Vehicle Summit em Birmingham, na Inglaterra, no dia 11; e o Global Climate Action Summit na California, EUA, entre os dias 12 e 14 de setembro.
Esses eventos acontecem pouco antes do lançamento oficial do relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) 1.5, previsto para o mês de outubro. Atualmente o transporte é responsável por 24% das emissões globais de dióxido de carbono no mundo e dois terços destas emissões provêm de veículos rodoviários, o que faz dos veículos elétricos um recurso obrigatório para o cumprimento do Acordo climático de Paris.
Entre 2016 e 2017, o número de países comprometidos com a eliminação do motor de combustão interna saltou de 2 para 15. O número de cidades que assumiram compromissos entre o mesmo período de tempo triplicou. Até o final deste ano, dois importantes mercados – Estados Unidos e União Europeia – devem anunciar decisões políticas para reduzir as emissões do setor.
“No Reino Unido, os veículos elétricos são uma grande oportunidade para nossa indústria de manufatura e uma parte essencial para enfrentar os desafios gêmeos da poluição do ar e da mudança climática”, destacou Julia King, presidente da Carbon Trust. “Para cumprir nossos compromissos nacionais de redução de carbono na década de 2030, pelo menos 60% dos novos carros vendidos precisarão ter emissões ultrabaixas. Para proteger a saúde de nossos filhos nas cidades, podemos e deveríamos estabelecer metas mais rígidas para nos distanciarmos ainda mais dos combustíveis mais poluentes.”
Em apenas sete anos, entre 2010 e 2017, o custo das baterias de veículos elétricos caiu 79% e deve continuar caindo em até 20% até 2025 e uma nova análise mostra porque os veículos elétricos oferecem um ótimo exemplo que desafia a previsão convencional de energia e comprova que mudanças profundas são possíveis, quando empreendedores, empresas, governos e cidades coletivamente têm uma visão de futuro.
“Desde que investimos na tecnologia, muitas vezes nos dizem que cometemos um grande erro ao apostar em veículos movidos a bateria. E hoje, com o mundo em transição para o novo normal, somos reconhecidos como pioneiros em veículos elétricos e esperamos tornar a Índia uma economia movida pela mobilidade elétrica”, declarou Anand Mahindra, Presidente do Grupo Mahindra.
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