A opção de converter o combustível do carro para o Gás Natural Veicular (GNV), praticamente esquecida no período mais crítico da pandemia, voltou a ser considerada pelos donos de carros neste final de ano.
O desconto do IPVA, que no Rio de Janeiro alcança 66% do valor do imposto, é um dos principais fatores que atrai o interesse de donos de carro para a adaptação do veículo. Para ter o desconto no IPVA, os donos de carros precisam realizar a conversão até o dia 31 de dezembro, o que explica, em parte, o aumento da procura no último trimestre do ano.
Maior fabricante de cilindros das Américas, a MAT, já vem registrando forte aumento na demanda por cilindros de gás veicular. A produção, que havia chegado perto de zero entre os meses de abril e junho, por conta lockdown e fechamento das oficinas convertedoras, subiu para 20% em outubro e deve chegar a 33% até dezembro. Além de cilindros veiculares, a MAT também fabrica equipamentos de gás para os segmentos médico hospitalar e industrial.
“Houve uma queda vertiginosa na demanda por cilindros para GNV nos meses de abril a junho, reflexo das medidas de fechamento do comércio e distanciamento sociais impostos em função da pandemia do Covid-19. A partir de julho retomamos a fabricação do cilindro veicular. Estamos atendendo todas as demandas do mercado nacional e internacional”, destaca Jorge Mathuy, diretor comercial da MAT.
Em outubro, a MAT produziu 4 mil unidades de cilindros para GNV. Em novembro a fábrica produziu 4.700 unidades e, em dezembro, a projeção é de 5.800 cilindros.
“A procura por GNV vem crescendo e evoluindo. Quem usa o GNV no carro hoje está não apenas economizando, mas também contribuindo para a redução na emissão de poluentes. A consciência ambiental também contribui para o aumento das conversões”, afirma Mathuy
A MAT responde por uma produção de 200 ml cilindros anuais para os segmentos veicular, hospitalar e industrial do Brasil e de mercados nas Américas. O principal importador de cilindros brasileiros são os EUA, seguido pelo Peru.
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