Especialista da Total aponta os principais perigos na hora de substituir o lubrificante
O bom motorista sabe que, além de lubrificar, o óleo é responsável por prevenir o desgaste, a oxidação e a corrosão das peças do motor, garantindo o seu bom desempenho. Por isso, uma lubrificação errada provoca sérios prejuízos desde a redução da performance do automóvel até o aumento no consumo de combustível ou, ainda, o temido “motor fundido”, no qual o custo de manutenção pode chegar a até 50% do valor do veículo.
“Uma lubrificação ineficiente pode ser causada por vários fatores, desde o modo de aplicação no motor até a utilização de lubrificantes, que não seguem as especificações das montadoras do veículo”, garante Denise Novaes, coordenadora de Assistência Técnica da Total Lubrificantes do Brasil, filial do Grupo Total – quarta maior companhia de petróleo e gás do mundo.
Para o motorista não cair nessa e em outras armadilhas, a especialista da Total aponta os nove principais perigos na hora de substituir o óleo lubrificante:
- Não respeitar o prazo para a troca do produto: todo fabricante estipula um prazo no Manual do Proprietário que deve ser seguido. Normalmente o intervalo indicado é a cada 5.000 km ou 10.000 km. Utilizar o óleo além do período recomendado leva à formação de borra e compromete a capacidade de lubrificação das peças internas do motor, já que aumenta o atrito e o desgaste precoce.
- Completar o óleo: ao fazer isso, o produto novo é misturado com o usado e acaba contaminado. O resultado é um lubrificante misto e bem diferente dos dois originais, comprometendo a eficácia e desempenho do motor. Por isso, deve-se trocar todo o óleo do cárter por um novo.
- Usar aditivos: Além de comprometer as propriedades do lubrificante, gerando a formação de depósitos no motor, faz você desperdiçar dinheiro e energia. Isso porque os óleos de boa qualidade presentes no mercado já contêm um pacote de aditivos específicos em sua composição e atendem todas as necessidades do veículo.
- Misturar lubrificantes: a prática é uma das principais armadilhas para os motoristas. Muitos misturam os produtos em situações de emergência, como um vazamento, por exemplo. Embora não seja recomendado, é possível misturar lubrificantes de marcas diferentes, desde que tenham a mesma base (sintético, semissintético ou mineral), viscosidade e grau API e SAE. Caso contrário, prejudica a eficiência da lubrificação e gera sérios riscos ao motor.
- Pingar óleo no motor: afeta as áreas mais críticas, entre elas, velas, câmara de combustão e catalisador. Quando um desses componentes é afetado, há aumento nos custos de manutenção e nos gastos com combustível.
- Bujão fechado indevidamente: é como é conhecido o parafuso que fecha o dreno do cárter de óleo. O item deve ser aparafusado corretamente para evitar vazamentos. Daí a importância de um profissional especializado fazer a troca de óleo para fechar o bujão sem excesso de força, mas sem deixá-lo frouxo demais.
- Não trocar o filtro do óleo: o filtro conserva em seu interior um volume residual de óleo oxidado que contamina o lubrificante novo acelerando o processo de envelhecimento. Por isso, deve ser trocado simultaneamente com o óleo para não carregar as impurezas retidas para dentro do motor novamente.
- Rodar com lubrificante acima ou abaixo do nível: deve ser evitado. Óleo no nível mínimo compromete a lubrificação já que aumenta a fricção entre as peças. Com isso, o desgaste dos componentes do motor é maior e resulta em perda de potência imediata, em excesso de calor ou mesmo na fundição do motor. E ao contrário, rodar com lubrificante acima do nível, leva o produto a transbordar e cair em locais fora do sistema de lubrificação.
- Limpar a vareta com estopa: jamais faça isso para não deixar os resíduos do óleo antigo contaminarem o novo lubrificante. Opte sempre em usar papel absorvente para limpar a vareta durante a troca do lubrificante.
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